Cisto pericárdico: O que é, sintomas e opções de tratamento
O cisto pericárdico é uma lesão benigna localizada no pericárdio, o revestimento que envolve o coração. Embora muitas vezes assintomático, ele pode causar desconforto torácico e outras complicações em alguns casos.
Entender suas características, sintomas e as opções de tratamento disponíveis é fundamental para uma abordagem eficaz. Neste artigo, explicamos o que você precisa saber sobre o cisto pericárdico.
Continue lendo e entenda.
O que é o cisto pericárdico?
O cisto pericárdico é uma
bolsa preenchida com líquido, que se forma no pericárdio, a membrana que envolve o coração. Ele geralmente é congênito, ou seja, está presente ao nascimento, mas pode crescer ao longo da vida. Raramente pode se formar após uma inflamação no pericárdio (pericardite) ou trauma torácico.
Embora geralmente seja uma
condição benigna e assintomática, o cisto pode necessitar de acompanhamento médico em casos de crescimento significativo ou quando provoca sintomas.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado ajudam a evitar complicações, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Sintomas do cisto pericárdico
Na maioria dos casos, o cisto pericárdico é
assintomático, sendo identificado de forma incidental, durante exames de imagem realizados por outros motivos. Entretanto, quando o cisto
aumenta de tamanho ou pressiona órgãos próximos, pode provocar sintomas como:
- Uma sensação de pressão ou desconforto no peito que pode variar em intensidade.
- Dificuldade para respirar (dispneia), que ocorre quando o cisto comprime os pulmões, dificultando a entrada de ar.
- Tosse persistente, resultado da irritação nas vias respiratórias devido à proximidade com o cisto.
- Cansaço constante. Pode surgir como consequência da dificuldade respiratória, prejudicando a oxigenação adequada.
Esses sinais são semelhantes aos de outras doenças cardíacas ou pulmonares, o que pode dificultar o diagnóstico inicial. Por isso, é essencial
procurar avaliação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Exames diagnósticos
Os cistos pericárdicos usualmente são detectados por acaso em exames como RX de tórax, tomografia computadorizada ou ecocardiograma.
Para melhor avaliação ou confirmação da suspeita diagnóstica podem ser solicitados um dos exames de imagem a seguir:
- Tomografia computadorizada do coração: para diagnosticar o cisto e avaliar o pericárdio;
- Ressonância magnética do coração: bom exame para confirmar o componente líquido do cisto e verificar se há compressão cardíaca ou de outras estruturas;
- Ecocardiograma: ótimo exame para diagnóstico e acompanhamento do cisto pericárdico.
Tratamento do cisto pericárdico
O tratamento varia de acordo com o tamanho do cisto, os sintomas e o risco de complicações. A abordagem pode ser conservadora ou cirúrgica, dependendo da avaliação médica.
Acompanhamento clínico
Cistos pequenos e assintomáticos geralmente não requerem intervenção imediata. O
monitoramento periódico com exames de imagem permite avaliar se há crescimento ou mudanças que justifiquem outra conduta.
Intervenções cirúrgicas
Quando o cisto causa desconforto ou apresenta risco à saúde, a cirurgia pode ser indicada. As opções incluem:
- Ressecção por toracoscopia assistida por vídeo (VATS) ou Cirurgia Robótica.
Técnicas menos invasivas, que oferecem recuperação mais rápida e menor trauma cirúrgico.
- Cirurgia aberta
Indicação em casos mais complexos, como cistos de grandes dimensões ou com localização difícil.
- Aspiração do líquido
A drenagem do conteúdo pode ser uma solução temporária em algumas situações. No entanto, essa abordagem apresenta risco de o cisto se formar novamente, o que pode exigir tratamentos futuros.
A escolha do tratamento é sempre baseada em uma análise cuidadosa do quadro clínico e da qualidade de vida do paciente.
Recomendações para pacientes com cisto pericárdico
Adotar um estilo de vida saudável e seguir as orientações médicas são medidas importantes para reduzir riscos e manter o bem-estar. Algumas recomendações incluem:
Realize os exames periódicos solicitados pelo médico para monitorar o tamanho e a evolução do cisto. Se houver sintomas respiratórios, como falta de ar ou dor torácica, é importante evitar atividades que exijam grande esforço.
Uma
dieta rica em nutrientes e o acompanhamento de condições pré-existentes, como hipertensão ou diabetes, ajudam na recuperação e na prevenção de complicações.
E ainda, pacientes que desenvolvem
ansiedade
relacionada a questões cardíacas podem se beneficiar de apoio psicológico para melhor enfrentamento da condição.
Dados e estatísticas sobre o cisto pericárdico
Embora o cisto pericárdico seja uma condição incomum, é essencial entender sua frequência e características para um diagnóstico eficiente. Confira algumas informações relevantes:
- Cistos pericárdicos representam cerca de 6% das massas mediastinais identificadas em exames de imagem.
- A maioria dos casos é diagnosticada em pessoas entre 20 e 50 anos.
- Aproximadamente 60% dos cistos são detectados por acaso, durante exames de rotina ou investigações por outros motivos.
Esses dados reforçam a importância de
monitoramento e diagnóstico precoce, especialmente para evitar complicações que possam comprometer a saúde.
Perguntas frequentes
O que é um cisto pericárdico?
É uma bolsa preenchida por líquido que se forma na região do pericárdio, geralmente de origem congênita, e pode ser detectada durante exames de imagem.
O cisto pericárdico pode causar sintomas?
Em muitos casos, o cisto é assintomático. No entanto, cistos maiores podem causar dor no peito, falta de ar ou tosse persistente devido à compressão de órgãos próximos.
Como o cisto pericárdico é diagnosticado?
É identificado por exames de imagem, como radiografia de tórax, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), geralmente de forma incidental.
O cisto pericárdico é perigoso?
Na maioria dos casos, ele não representa risco imediato à saúde. Porém, cistos grandes ou sintomáticos podem exigir tratamento para evitar complicações.
O que causa cisto pericárdico?
A principal causa é congênita, mas inflamações, traumas ou infecções no tórax também podem contribuir para o desenvolvimento do cisto.
Qual o perigo de cisto no coração?
Cistos pericárdicos grandes podem pressionar o coração ou pulmões, causando dificuldade para respirar, dor torácica ou, em casos raros, arritmias.
Quando a cirurgia para cisto pericárdico é necessária?
A cirurgia é recomendada se o cisto causar sintomas intensos, apresentar risco de complicações ou estiver em crescimento constante.
O cisto pericárdico pode voltar após o tratamento?
A recorrência é rara após a ressecção completa. Entretanto, drenagens simples podem ter um risco maior de reaparecimento do cisto.
Preciso ir ao médico mesmo sem sintomas?
Sim. O monitoramento periódico é importante para detectar alterações no tamanho ou comportamento do cisto e prevenir eventuais complicações.
O cisto pericárdico pode afetar o funcionamento do coração?
Sim, cistos grandes podem pressionar o coração, afetando sua capacidade de bombear sangue de forma eficaz, embora isso seja raro.
Existe risco de o cisto pericárdico se transformar em um tumor maligno?
Não, o cisto pericárdico é uma formação benigna e não tem potencial para se tornar maligno.
O cisto pericárdico pode ser confundido com outras doenças?
Sim, ele pode ser confundido com massas mediastinais ou outras condições cardíacas e pulmonares, o que torna essencial o diagnóstico por exames de imagem.
É possível viver normalmente com um cisto pericárdico?
Sim, a maioria dos pacientes vive normalmente, especialmente se o cisto for pequeno e assintomático.

Cirurgia torácica em São Paulo | Dra. Letícia Lauricella
O cisto pericárdico, apesar de ser uma condição geralmente benigna, pode exigir atenção médica dependendo dos sintomas e do risco de complicações. Exames de imagem são essenciais para o diagnóstico preciso, e as opções de tratamento variam de acompanhamento clínico a intervenções cirúrgicas.
Manter o acompanhamento regular com o especialista é fundamental para preservar a qualidade de vida.
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Se você está em busca de um especialista em cirurgia torácica, conheça a
Dra. Leticia Lauricella, formada em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sendo a primeira mulher contratada como assistente do grupo de Cirurgia Torácica da FMUSP. Atuando em hospitais em São Paulo, a Dra. Leticia tem o objetivo de oferecer aos pacientes as
opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busca contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa. Para mais informações navegue no
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