Conheça os tipos de tumores do mediastino

Letícia Lauricella • December 23, 2025

Os tumores do mediastino são formações anormais que se desenvolvem na região central do tórax, entre os pulmões. Esse espaço abriga estruturas vitais, como o coração, grandes vasos, traqueia, esôfago e linfonodos, o que torna o diagnóstico e o tratamento dessas lesões complexos e altamente especializados.


Embora sejam considerados raros, esses tumores podem ser benignos ou malignos e afetam pessoas de diferentes faixas etárias, dependendo da localização e do tipo histológico. Neste artigo, explicaremos os principais tipos de tumores do mediastino, seus sintomas e seu prognóstico.
Continue a leitura e tire suas dúvidas.


O que é o mediastino e por que ele é importante


O mediastino é a
região central do tórax, situada entre os pulmões, que abriga órgãos e estruturas vitais como o coração, grandes vasos, traqueia, esôfago, linfonodos e nervos. Ele é dividido em três partes:


Mediastino anterior:
localizado à frente do coração, próximo ao esterno.


Mediastino médio:
onde se encontram o coração, a traqueia e os brônquios principais.


Mediastino posterior:
próximo à coluna vertebral, onde passam o esôfago e estruturas nervosas.


Essa divisão é essencial, pois os tipos de tumores do mediastino variam conforme a localização. Cada compartimento tende a abrigar tumores específicos, o que orienta tanto o diagnóstico quanto o tratamento mais adequado.


Tipos de tumores do mediastino


Os tumores do mediastino podem ser benignos ou malignos, e sua origem está relacionada às estruturas localizadas em cada uma das três regiões.


Tumores do mediastino anterior


São os mais comuns em adultos e incluem:


Timoma
: tumor que se forma na glândula timo, podendo estar associado a doenças autoimunes, como a miastenia gravis.


Linfoma:
pode ser do tipo Hodgkin ou não Hodgkin, surgindo nos linfonodos mediastinais. Pode causar sintomas sistêmicos como febre, suor noturno e perda de peso.


Teratomas e tumores de células germinativas:
mais comuns em jovens; podem ser benignos ou malignos. Em alguns casos, contêm tecidos como gordura, cabelo ou até ossos.


Tumores do mediastino médio


São menos frequentes e costumam estar relacionados a estruturas linfáticas, císticas ou vasculares. Entre eles:



  • Cistos broncogênicos: anomalias congênitas preenchidas por líquido, que podem causar compressão das vias respiratórias.
  • Cistos pericárdicos: geralmente benignos, localizados próximos ao coração.
  • Linfomas mediastinais: também podem acometer essa região e provocar sintomas compressivos.


Tumores do mediastino posterior


Podem ocorrer em qualquer idade, incluindo crianças e adolescentes, sendo em sua maioria de origem nervosa.


Neurofibromas e schwannomas:
tumores benignos das bainhas nervosas.


Neuroblastomas e ganglioneuromas:
mais comuns na infância, podendo variar desde formas benignas até altamente agressivas.


Sintomas dos tumores do mediastino


Os sintomas dependem do tipo e tamanho do tumor, bem como da estrutura comprimida. Os mais frequentes incluem:


  • Dor ou pressão no peito;
  • Tosse persistente ou rouquidão;
  • Falta de ar (dispneia);
  • Dificuldade para engolir (disfagia);
  • Inchaço no rosto e pescoço (por compressão da veia cava superior);
  • Febre, sudorese noturna e perda de peso (em casos de linfoma).


Em muitos pacientes, o diagnóstico é incidental, feito durante exames de imagem realizados por outros motivos.


Prognóstico e acompanhamento


O prognóstico varia conforme o tipo e estágio do tumor.


  1. Tumores benignos

Têm excelente resultado após remoção completa, com baixas taxas de recorrência.


    2.  Tumores malignos

Quando detectados precocemente, podem ter boa resposta ao tratamento combinado.


     3.  Linfomas mediastinais

Costumam responder bem à quimioterapia, com taxas de cura acima de 70% em alguns subtipos.


Após o tratamento, o acompanhamento inclui consultas regulares e exames de imagem para monitorar possíveis recidivas e avaliar a função pulmonar.


Importância do diagnóstico precoce


Detectar os tumores do mediastino em fases iniciais
aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento. Por serem, muitas vezes, assintomáticos, é importante investigar qualquer achado anormal em exames de rotina ou sintomas respiratórios persistentes.


Centros especializados em cirurgia torácica e oncologia, com equipe multidisciplinar e acesso a tecnologias minimamente invasivas, oferecem os melhores resultados e recuperação mais rápida.


Perguntas frequentes


  • Onde ficam localizados os tumores do mediastino?

    Eles podem surgir em três compartimentos: anterior (frente do coração), médio (onde ficam o coração e a traqueia) e posterior (próximo à coluna vertebral). A localização ajuda a determinar o tipo de tumor e o tratamento mais indicado.


  • Quais são os tumores do mediastino?

    Os tumores do mediastino são formações anormais que se desenvolvem na região entre os pulmões. Eles podem ser benignos ou malignos e variam conforme o local de origem: anterior (timomas e linfomas), médio (cistos broncogênicos e pericárdicos) ou posterior (neurogênicos, como schwannomas e neuroblastomas).


  • Quais são os tipos mais comuns de tumores do mediastino?

    Os principais são o timoma, o linfoma, os teratomas (ou tumores de células germinativas) e os tumores neurogênicos. Cada um tem comportamento, tratamento e prognóstico distintos.


  • Quais são os 4Ts mais comuns no mediastino?

    Os “4 Ts” referem-se aos principais tumores do mediastino anterior: Timoma, Teratoma, Tireóide (tumores ectópicos) e "Terrível" Linfoma (Terrible Lymphoma). Essa classificação ajuda médicos a identificar as causas mais prováveis de massas nessa região.


  • Quais são os sintomas de um tumor no mediastino?

    Os sintomas dependem do tamanho e da localização do tumor, podendo incluir dor no peito, tosse persistente, falta de ar, rouquidão, dificuldade para engolir e inchaço no rosto. Em casos de linfomas, também podem ocorrer febre, sudorese noturna e perda de peso.


  • Tumores do mediastino podem ser assintomáticos por muito tempo?

    Sim. Muitos tumores crescem de forma silenciosa e só são descobertos em exames de rotina. Por isso, o diagnóstico precoce muitas vezes depende de uma tomografia solicitada por outro motivo clínico.


  • Os tumores do mediastino são sempre malignos?

    Não. Muitos são benignos e tratados apenas com cirurgia. No entanto, outros podem ser malignos e exigir terapias complementares como quimioterapia ou radioterapia.


  • É possível diferenciar um tumor benigno de um maligno apenas por tomografia?

    Nem sempre. Embora o exame indique características suspeitas, apenas a biópsia e o estudo anatomopatológico confirmam o tipo e a agressividade do tumor.


  • Tumores do mediastino podem afetar o coração ou os grandes vasos?

    Podem, especialmente os localizados no mediastino anterior ou médio. Nesses casos, há risco de compressão cardíaca ou de estruturas como a veia cava superior, exigindo tratamento rápido.

  • Quando procurar um especialista em cirurgia torácica?

    Se houver sintomas persistentes como dor no peito, falta de ar inexplicada ou alterações detectadas em exames de imagem. A avaliação precoce é essencial para definir o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.



Cirurgia torácica em São Paulo | Dra. Letícia Lauricella


Os tumores do mediastino são condições complexas que exigem diagnóstico preciso e abordagem especializada. O reconhecimento precoce dos sintomas, o uso de exames adequados e a atuação de uma equipe multidisciplinar são fundamentais para o sucesso do tratamento.


Quando detectados a tempo, muitos desses tumores têm cura ou podem ser controlados com bons resultados funcionais e qualidade de vida
.


Você conhece alguém que apresentou sintomas respiratórios persistentes sem causa aparente? A
avaliação com um cirurgião torácico pode ser o primeiro passo para um diagnóstico seguro e tratamento eficaz.


Se você está em busca de um especialista em cirurgia torácica, sou a
Dra. Leticia Lauricella, formada em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e especialista em Cirurgia Torácica pela  Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Sou membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) e proctor de cirurgia torácica robótica no Einstein Hospital Israelita. Atuo em hospitais em São Paulo e tenho como objetivo oferecer aos meus pacientes as opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busco contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa. Para mais informações navegue no site ou para agendar uma consulta clique aqui.


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