Derrame pleural maligno: Entenda o que é e como tratar
O derrame pleural maligno é uma complicação frequente em pacientes com câncer avançado, especialmente aqueles com tumores de pulmão, mama e linfomas. Ele ocorre quando células cancerígenas se instalam na pleura — a membrana que reveste os pulmões — provocando o acúmulo de líquido no espaço pleural. Esse acúmulo gera sintomas respiratórios importantes, podendo comprometer significativamente a qualidade de vida.
Neste artigo, você vai entender o que é o derrame pleural maligno, quais são suas causas, sintomas e quais são as opções de tratamento disponíveis.
Continue a leitura
e entenda mais sobre essa condição.
O que é derrame pleural maligno?
O derrame pleural maligno acontece quando
células cancerígenas se espalham para a pleura — membrana que envolve os pulmões — e provocam o acúmulo de líquido nesse espaço. Esse excesso de líquido dificulta a expansão dos pulmões,
comprometendo a respiração. Essa condição está geralmente associada a câncer em estágio avançado e pode ser tanto um dos primeiros sinais da doença quanto surgir ao longo de sua evolução.
Quais são as principais causas do derrame pleural maligno?
O derrame pleural maligno costuma estar relacionado à
disseminação
de alguns tipos de câncer. Os tumores que mais frequentemente causam esse tipo de complicação são:
- Câncer de pulmão
- Câncer de mama
- Linfomas
- Câncer de ovário
- Câncer de cólon
- Mesotelioma
Na maioria das vezes, esse tipo de derrame indica um estágio mais avançado da doença e pode estar associado a um prognóstico mais reservado.
Sintomas que podem surgir
A gravidade dos sintomas depende da
quantidade
de líquido acumulado e da
rapidez
com que ele se forma. Os mais comuns incluem:
- Falta de ar progressiva
- Tosse seca e persistente
- Sensação de pressão ou dor leve no tórax
- Cansaço extremo
- Perda de apetite e emagrecimento
- Desconforto ao deitar-se ou ao respirar profundamente
Como o diagnóstico é feito?
O diagnóstico é feito principalmente através de exames de imagem.
Radiografia de tórax: Ajuda a identificar a presença de líquido ao redor dos pulmões.
Tomografia computadorizada: Permite uma avaliação mais detalhada do derrame e de possíveis lesões associadas.
Ultrassonografia torácica: Facilita a localização exata do líquido para guiar procedimentos como punções.
Toracocentese
Esse exame consiste na
retirada do líquido pleural com uma agulha fina
para análise laboratorial. Ele ajuda a identificar se há presença de células tumorais, alterações nas proteínas, glicose e outros componentes do líquido.
Citologia e biópsia da pleura
A citologia do líquido
confirma
a presença de células malignas em boa parte dos casos. Quando o resultado é inconclusivo, pode ser indicada uma biópsia da pleura — geralmente feita por toracoscopia — para maior precisão diagnóstica.
Quais são as opções de tratamento?
Controle dos sintomas
Toracocentese repetida: Ajuda a aliviar a falta de ar, mas o líquido pode retornar em pouco tempo.
Dreno pleural com pleurodese: Consiste na colocação de um dreno no tórax e aplicação de uma substância (geralmente talco) para colar o pulmão à pleura, impedindo novo acúmulo.
Cateter pleural de longa permanência:
Um tubo flexível permite que o próprio paciente, em casa, drene o líquido com segurança e conforto.
Tratamento do tumor de base
- Quimioterapia: Indicada principalmente para cânceres que respondem bem ao tratamento, como linfomas e câncer de mama.
- Imunoterapia ou terapias-alvo: Dependendo do tipo de tumor e das características moleculares, essas terapias podem ser indicadas para controlar a doença e reduzir a produção de líquido.
Cirurgia em casos selecionados
- Toracoscopia com pleurectomia parcial
Retirada cirúrgica de parte da pleura para reduzir a chance de novo acúmulo. Indicada em casos selecionados de mesotelioma pleural.
Prognóstico e qualidade de vida
O derrame pleural maligno, por estar geralmente ligado a um estágio avançado do câncer, pode reduzir a expectativa de vida — que varia conforme o tipo de tumor, a resposta ao tratamento e o estado geral do paciente. Apesar disso,
com o manejo adequado, é possível aliviar os sintomas e proporcionar mais conforto ao longo da jornada.
Cuidados paliativos
A presença de derrame pleural maligno denota uma doença em estágio avançado, onde um dos principais objetivos do tratamento é o
controle dos sintomas e o bem-estar do paciente. A atuação de uma equipe de cuidados paliativos é essencial para garantir dignidade, conforto e suporte emocional durante todas as fases da doença.
Quando procurar ajuda médica?
Caso surjam sintomas como falta de ar persistente, dor no peito ou cansaço que piora progressivamente,
é importante procurar atendimento médico o quanto antes. O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento adequado e reduzir o impacto do derrame pleural na vida do paciente.
Perguntas frequentes
O que é derrame pleural maligno?
É o acúmulo de líquido com células cancerígenas na pleura, membrana que envolve os pulmões, dificultando a respiração. Geralmente está associado a tumores avançados.
Quais são os sintomas do derrame pleural maligno?
Os sintomas mais comuns são falta de ar, tosse seca, dor ou pressão no peito, cansaço intenso e perda de apetite. A gravidade depende da quantidade de líquido acumulado.
Quais tipos de câncer mais causam derrame pleural maligno?
Os principais são câncer de pulmão, mama, ovário, linfoma, cólon e mesotelioma. Todos podem levar à disseminação de células para a pleura.
Como saber se o derrame pleural é maligno?
A confirmação é feita por meio da análise do líquido pleural obtido por toracocentese. A presença de células cancerosas na citologia ou biópsia pleural confirma o diagnóstico.
O derrame pleural maligno tem cura?
Na maioria dos casos, não há cura definitiva, pois ele costuma indicar câncer em estágio avançado. O tratamento visa controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida.
Qual o tratamento mais indicado para derrame pleural maligno?
Pode envolver toracocentese, pleurodese, cateter pleural de longa permacência, quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, cirurgia. A escolha depende do tipo de câncer e do estado clínico do paciente.
O derrame pleural maligno volta mesmo após drenagem?
Sim, é comum que o líquido volte a se acumular. Por isso, medidas como pleurodese ou cateter de longa permanência são indicadas para controle mais duradouro.
Qual a expectativa de vida em casos de derrame pleural maligno?
Varia conforme o tipo de câncer e a resposta ao tratamento. Em média, a sobrevida é de alguns meses a um ano, mas cada caso é único.
Qual a diferença entre derrame pleural comum e maligno?
O derrame maligno contém células tumorais e está associado a câncer. Já o comum pode ter causas benignas, como infecções ou insuficiência cardíaca.
Como o derrame pleural maligno afeta a qualidade de vida a longo prazo?
Ele pode causar desconforto respiratório persistente, limitar atividades do dia a dia e gerar necessidade de internações ou drenagens frequentes, exigindo acompanhamento contínuo.
O derrame pleural maligno pode ser o primeiro sinal de um câncer oculto?
Sim. Em alguns casos, o acúmulo de líquido na pleura é o primeiro indicativo de um câncer ainda não diagnosticado, especialmente em tumores como linfoma ou câncer de ovário.
A presença de células tumorais na pleura sempre confirma o estágio avançado da doença?
Na maioria dos casos, sim. O envolvimento da pleura indica disseminação do câncer, o que geralmente classifica a doença como estágio IV, com impacto no planejamento terapêutico.
O derrame pleural maligno pode causar infecção?
Sim. Se o líquido se acumular por muito tempo ou se o cateter não for bem manejado, há risco de infecções pleurais, que exigem tratamento imediato.
O derrame pleural maligno sempre precisa ser tratado com cirurgia?
Não. A cirurgia é indicada apenas em casos específicos. Muitas vezes, o controle pode ser feito com drenagens, pleurodese ou cateter, dependendo da resposta ao tratamento oncológico.
Quando procurar um médico ao suspeitar de derrame pleural?
Ao perceber falta de ar progressiva, dor no peito, tosse persistente ou piora do estado geral. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações.
Cirurgia torácica em São Paulo | Dra. Letícia Lauricella
O derrame pleural maligno é uma condição que exige atenção médica especializada, pois
impacta diretamente na respiração e na qualidade de vida de pacientes com câncer. O diagnóstico preciso e o tratamento adequado — que pode incluir drenagem, pleurodese, quimioterapia ou uso de cateteres — são fundamentais para aliviar os sintomas e permitir mais conforto. Se você ou alguém próximo apresenta sintomas respiratórios persistentes e têm histórico de câncer,
não deixe de procurar um especialista.
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Se você está em busca de um especialista em cirurgia torácica, sou a
Dra. Leticia Lauricella, formada em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sendo a primeira mulher contratada como assistente do grupo de Cirurgia Torácica da FMUSP. Atuo em hospitais em São Paulo, e tenho como objetivo oferecer aos pacientes as
opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busco contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa. Para mais informações navegue no
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