EBUS e mediastinoscopia para estadiamento do câncer de pulmão

Letícia Lauricella • October 16, 2024

O estadiamento do câncer de pulmão é uma etapa crucial no diagnóstico e no planejamento do tratamento. Métodos precisos são essenciais para determinar a extensão da doença e escolher a melhor abordagem terapêutica. Entre os principais procedimentos utilizados para o estadiamento estão o ultrassom endobrônquico (EBUS) e a mediastinoscopia.


Este artigo explora como esses métodos são aplicados e sua importância no manejo do câncer de pulmão.


Para saber mais sobre o estadiamento do câncer de pulmão,
clique aqui.


O que é o EBUS?


O ultrassom endobrônquico (EBUS) é uma técnica inovadora e minimamente invasiva que utiliza a
broncoscopia combinada com ultrassom para examinar e obter amostras de linfonodos e massas próximas às vias aéreas. Utilizando uma sonda de ultrassom acoplada ao broncoscópio, o EBUS permite uma visualização detalhada em tempo real das estruturas dentro do mediastino.


Vantagens do EBUS



  • Precisão na amostragem: Através do EBUS, é possível realizar biópsias extremamente precisas dos linfonodos, essenciais para avaliar a disseminação do câncer.


  • Minimamente invasivo: Este procedimento oferece menor risco de complicações e uma recuperação mais rápida quando comparado a métodos cirúrgicos tradicionais.


  • Diagnóstico rápido: Com o EBUS, os resultados são obtidos de maneira ágil, permitindo que o tratamento adequado seja iniciado mais rapidamente.


Mediastinoscopia


A mediastinoscopia é uma técnica cirúrgica que permite o
acesso direto ao mediastino, a região central do tórax, para realizar biópsias de linfonodos e tecidos. Este procedimento é feito sob anestesia geral, onde uma pequena incisão é realizada na base do pescoço para a inserção do mediastinoscópio.


Vantagens da mediastinoscopia


  • Acesso direto: A mediastinoscopia oferece uma visualização clara e direta dos linfonodos e outras estruturas dentro do mediastino.


  • Alta precisão: É considerada o padrão-ouro no estadiamento do câncer de pulmão devido à sua precisão na coleta de amostras de linfonodos.


  • Ampla utilização: Pode ser utilizada em situações onde o EBUS não fornece informações suficientes, garantindo uma avaliação completa e detalhada.


Comparação entre EBUS e Mediastinoscopia


Eficiência diagnóstica


Ambos os métodos são altamente eficazes para o estadiamento do
câncer de pulmão. O EBUS é frequentemente preferido por ser menos invasivo e por permitir uma recuperação mais rápida. Já a mediastinoscopia é indicada em casos onde é necessária uma amostra maior de tecido ou quando o EBUS não consegue acessar certos linfonodos.


Taxas de complicações


O EBUS apresenta
baixas taxas de complicações, com menor risco de infecção e sangramento devido à sua natureza minimamente invasiva.


A mediastinoscopia possui um risco ligeiramente maior de complicações, incluindo
infecções e lesões aos vasos sanguíneos, devido ao seu caráter cirúrgico.


Importância do estadiamento preciso


Planejamento do tratamento


O estadiamento preciso é essencial para determinar a estratégia de tratamento mais eficaz para o câncer de pulmão. Compreender a extensão do câncer permite aos
médicos escolher a combinação ideal de terapias, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, adaptando o tratamento às necessidades específicas do paciente.


Prognóstico


Realizar um estadiamento adequado é importante para avaliar com precisão o prognóstico do paciente. Pacientes diagnosticados com câncer de pulmão
em estágios iniciais têm uma chance significativamente maior de cura e melhores resultados a longo prazo.


Já aqueles em estágios mais avançados podem precisar de tratamentos mais agressivos e combinados para controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.


Perguntas frequentes


Quais são os critérios específicos para determinar a indicação do EBUS versus mediastinoscopia?

Critérios incluem a localização dos linfonodos, a condição geral de saúde do paciente, a necessidade de amostras maiores de tecido e a possibilidade de realizar uma abordagem minimamente invasiva.


Quais são as taxas de complicações associadas ao EBUS?

O EBUS tem baixas taxas de complicações, com menores riscos de infecção e sangramento, tornando-o um procedimento seguro para a maioria dos pacientes.


Quais são as complicações potenciais da mediastinoscopia?

Embora a mediastinoscopia seja geralmente segura, pode haver riscos de infecções, lesões aos vasos sanguíneos e outras complicações devido à natureza cirúrgica do procedimento.


Como esses procedimentos ajudam no estadiamento do câncer de pulmão?

Ambos os procedimentos são cruciais para determinar a extensão do câncer de pulmão, fornecendo informações detalhadas sobre a disseminação do câncer para os linfonodos mediastinais.


O que os pacientes podem esperar durante a recuperação do EBUS e da mediastinoscopia?

Os pacientes geralmente se recuperam rapidamente após o EBUS, com menor dor e tempo de recuperação. A mediastinoscopia pode exigir um período de recuperação mais longo devido à sua natureza invasiva. Geralmente o paciente recebe alta hospitalar no dia seguinte à cirurgia, não havendo necessidade de repouso.


Como os resultados do EBUS e da mediastinoscopia influenciam o tratamento do câncer de pulmão?

Os resultados determinam o estágio do câncer, orientando os médicos na escolha das melhores opções de tratamento, incluindo cirurgia, radioterapia e quimioterapia.


Quais são as taxas de sensibilidade e especificidade do EBUS em comparação com a mediastinoscopia?

O EBUS tem uma taxa de sensibilidade de cerca de 90% para a detecção de metástases em linfonodos mediastinais, comparável à mediastinoscopia, que ainda é considerada o padrão-ouro em termos de precisão diagnóstica.


O EBUS é coberto pelo convênio?

Sim, o EBUS está incluído no rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e, portanto, deve ser coberto pelos planos de saúde conforme as diretrizes estabelecidas. É importante verificar com seu convênio específico para confirmar a cobertura e as condições.


Como a escolha entre EBUS e mediastinoscopia pode afetar o plano de tratamento global do câncer de pulmão?

A escolha do procedimento pode influenciar a rapidez e a precisão do diagnóstico, o que impacta diretamente a eficácia do tratamento subsequente, como a necessidade de terapias neoadjuvantes ou adjuvantes.


Cirurgia torácica em São Paulo | Dra. Letícia Lauricella


O estadiamento do câncer de pulmão através do EBUS e da mediastinoscopia é essencial para um
diagnóstico preciso e um tratamento eficaz. Cada método tem suas vantagens e pode ser utilizado de acordo com as necessidades específicas do paciente. A integração dessas técnicas avançadas no manejo do câncer de pulmão continua a melhorar os resultados dos pacientes e a proporcionar um tratamento mais direcionado e eficaz.


Se você está em busca de um especialista em câncer de pulmão, conheça a
Dra. Leticia Lauricella, formada em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sendo a primeira mulher contratada como assistente do grupo de Cirurgia Torácica da FMUSP. Atuando em hospitais em São Paulo, a Dra. Leticia tem o objetivo de oferecer aos pacientes as opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busca contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa. Para mais informações navegue no site ou para agendar uma consulta clique aqui.


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